A metanfetamina, encontrada nos inibidores de apetite, é uma droga de grande potencial de dependência e a sua utilização crônica pode conduzir ao aparecimento de comportamentos psicóticos e violentos, em consequência dos danos que pode causar ao sistema nervoso central. O alerta é do médico Luiz Henrique Mandetta, deputado federal (DEM-MS), que está requerendo o envio de indicação à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), sugerindo que a substância seja incluída no rol de substâncias de uso proscrito no Brasil.
De acordo com o parlamentar, a metanfetamina é uma substância psicotrópica e por isso pode determinar dependência física ou psíquica: “É muito potente e altamente viciante, cujos efeitos se manifestam no sistema nervoso central e periférico”, observa. Ele adverte para a vulgarização da droga, que é conhecida por provocar efeitos intensos como euforia, aumento do estado de alerta, da autoestima, do apetite sexual, da percepção das sensações e pela intensificação de emoções.
A droga diminui a fadiga e a necessidade de dormir, por isso, é um componente recorrente na composição de remédios inibidores de apetite. O deputado reconhece que existem algumas indicações terapêuticas, contudo, não é possível ignorar o grande potencial de dependência que ela causa. Em sua justificativa, ele aponta recente matéria veiculada pelo programa “Bom Dia Brasil”, da Rede Globo, que mostrou a substância concentrada em um comprimido de menos de um centímetro e que trazia a mensagem de perigo expressa pelo desenho de uma bomba, e o alerta de que tem circulado em festas na cidade de São Paulo.
O parlamentar sul-mato-grossense lembra que nos Estados Unidos e em outros países a metanfetamenina já foi proibida. No Brasil, ela pode ser comercializada mediante notificação de receita médica: “No entanto, o que tem acontecido é que essa droga é potencializada e modificada sinteticamente em laboratório.” Apesar de indicada para uso terapêutico, a substância pode, assim como aconteceu em outros países, ser substituída por outras de impacto menos agressivo à saúde”, sugere.
A indicação de Mandetta ao diretor presidente da Anvisa, Dirceu Brás Barbano, sugere que a Agência classifique a metanfetamina, dentro da Portaria 344 de 1998, como substância de uso proscrito no Brasil. (Com assessoria)
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