A presidente Dilma Rousseff ficou insatisfeita com as explicações recebidas sobre o "apagão" que deixou quase 46 milhões de pessoas sem energia, por cinco horas, no Nordeste, na última sexta-feira. Ela convocou a cúpula do setor elétrico, ministro Lobão, diretores da Aneel, ONS, entre outros, para exigir informações confiáveis sobre o episódio. Conhecedora dos meandros do setor, uma vez que já foi ministra de Minas e Energia, Dilma não engole a justificativa de que um cartão magnético causou todo o problema.
Coube ao senador Delcidio Amaral (PT/MS) tentar explicar o que aconteceu. Ele ocupou a tribuna do Senado, pela liderança do governo, para apresentar esclarecimentos técnicos sobre o apagão.
Segundo ele, houve um "fato circunstancial, uma operação intempestiva do sistema de proteção". "Não há problema de capacidade, de geração, nem de consumo de energia."Delcídio explicou que houve um aumento acima do normal da tensão de energia transportada pelas linhas de transmissão a partir da Subestação Luiz Gonzaga. O episódio acionou intempestivamente o sistema de proteção, o que provocou um efeito cascata de desligamento preventivo de subestações de energia.
Ele ressaltou que a Luiz Gonzaga é estratégica por ser ponto de interligação de outras usinas do sistema Chesf, que é interligada com o Sistema Sudeste e a Eletronorte, o que isolou o Nordeste.
Para Delcídio, houve uma interpretação equivocada desse acidente. "Não temos nenhum risco de racionamento." ( Com agência Estado)
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