sexta-feira, 20 de maio de 2011

Cai republica de Campinas: Ricardo Candia e Aurelio Cance, presos; Francisco Lagos, foragido.

MARÍLIA ROCHA (Folha Online)
DE CAMPINAS
A Polícia Civil realiza uma operação contra suspeitos de participar de um esquema de fraude em licitações na administração de Campinas (93 km de SP). Segundo a Corregedoria, 12 pessoas foram presas. Já a SSP (Secretaria de Segurança) diz que o número chega a 13.
O vice-prefeito de Campinas, Demétrio Vilagra (PT), o secretário de comunicação, Francisco de Lagos, e o secretário de Cooperação de Assuntos de Segurança Pública, Carlos Henrique Pinto, são considerados foragidos pela polícia. Outros cinco suspeitos também não foram localizados.


Entre os presos estão Ricardo Candia, ex-diretor de Urbanismo da Prefeitura de Campinas; Aurélio Cance Jr., diretor-técnico da Sanasa (empresa mista de tratamento de água e esgoto de Campinas), além de empresários da Camargo Corrêa e da Andrade Gutierrez.
Ao todo, foram expedidos 20 mandados de prisão preventiva. As prisões foram decretadas pela 3ª Vara de Campinas e decorrem de um processo de investigação que vem sendo realizado pelo Ministério Público Estadual desde setembro do ano passado.
Os promotores investigam supostas fraudes em licitações e em contratos da administração municipal, tendo como foco principal a Sanasa.
A operação contou com a participação da Corregedoria da Polícia Civil de SP e corregedorias auxiliares de Campinas, Sorocaba, Piracicaba, em parceria com o 1º Batalhão da Polícia Militar e da Rota.
Também foram apreendidos computadores, quatro armas, documentos e mais de R$ 30 mil. O corregedor Roveraldo Battaglini afirmou que a investigação está sob sigilo e que os documentos ainda passarão por perícia. Segundo ele, a prisão dos suspeitos tem prazo de cinco dias com possibilidade de prorrogar por mais cinco dias.
O advogado Augusto Botelho, que representa o diretor-técnico da Sanasa, Aurélio Cance Jr., informou que ainda não teve acesso ao processo e que, por isso, ainda não irá comentar o caso. Segundo ele, parte das informações foi obtida por meio escutas telefônicas desde janeiro.
A Folha não localizou os demais advogados para comentar o caso.
A Câmara Municipal de Campinas informou nesta manhã que instaurou uma comissão para apurar as denúncias. A comissão é composta por três vereadores.
 

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