Correligionário de Rossi, o vice-presidente da Comissão de Agricultura, Waldemir Moka (PMDB-MS), afirma que a presidente ¿está correta¿ em cobrar explicações e afastar gestores envolvidos em denúncias comprovadas, mas pondera que as alterações na Esplanada podem ter efeitos na harmonia da base governista. Matéria do jornal Correio Braziliense registra posição do senador de MS.
Titular da Agricultura falará aos parlamentares sobre denúncias de loteamento da pasta e favorecimento em repassesJosie Jeronimo
Renovada a cúpula do Ministério dos Transportes, a oposição se prepara para centrar fogo na pasta da Agricultura. Nesta semana, o ministro Wagner Rossi é esperado em audiência na Comissão de Agricultura do Senado para explicar as denúncias do fim de semana, que resultaram na queda do secretário executivo da pasta, Milton Ortolan, anunciada no sábado.
Rossi, que esperava apenas repetir no Senado as declarações dadas aos deputados na semana passada, terá que convencer os parlamentares de que não tinha relação de amizade com o lobista Júlio Fróes, apontado por reportagem da revista Veja como responsável por esquema de favorecimento na liberação de recursos públicos dentro do ministério. Ontem, por meio de comunicado, a assessoria de imprensa da Presidência informou que Dilma ¿reitera sua confiança no ministro da Agricultura, Wagner Rossi, que está tomando todas as providências necessárias¿.
A oposição ainda luta para conseguir mais assinaturas para a instalação da CPI da Corrupção e aposta no escândalo para convencer integrantes da base a apoiar a abertura da comissão. De acordo com o líder do PSDB no Senado e autor do requerimento de convocação de Rossi, o paranaense Álvaro Dias, a CPI conta com 20 assinaturas, mas 25 parlamentares já se comprometeram a subscrever o documento. Dias reclama do rolo compressor do governo, que se esforça para matar a investigação parlamentar. ¿No Senado, os partidos de oposição somam 14 dos 81 parlamentares e nem todos possuem aptidão oposicionista.¿
Os adversários do governo aguardam a reunião da cúpula do PR para voltar a campo e recolher os apoiamentos. Ressentido com o tratamento recebido pelo Planalto no escândalo que atingiu a pasta dos Transportes, os correligionários do senador Alfredo Nascimento (PR-AM) defendem medidas iguais para as denúncias da Agricultura. Com isso, a oposição espera receber apoio de integrantes do PR para a CPI. Tudo depende do desempenho do ministro na audiência de quarta-feira.
CobrançasCorreligionário de Rossi, o vice-presidente da Comissão de Agricultura, Waldemir Moka (PMDB-MS), afirma que a presidente ¿está correta¿ em cobrar explicações e afastar gestores envolvidos em denúncias comprovadas, mas pondera que as alterações na Esplanada podem ter efeitos na harmonia da base governista. ¿O Wagner (Rossi), como foi a Câmara, irá ao Senado. Cabe aos ministros dar explicações sobre suas pastas. É importante que as coisas sejam esclarecidas e o ministro tem toda a condição de se explicar. A presidente tem que fazer mesmo. As pessoas têm que se explicar. Evidentemente que cria alguns questionamentos na base, demite um ministro, aí não vai demitir o outro? As explicações têm de ser dadas, ela está correta.¿
Após as novas denúncias envolvendo o Ministério da Agricultura, partidos de oposição na Câmara se mobilizam para levar Rossi novamente à Casa, na Comissão de Agricultura ou na de Fiscalização e Controle. O líder do PPS, deputado Rubens Bueno (PR), defende a ampliação da investigação aos funcionários do setor de licitação da pasta, onde supostamente o lobista Júlio Fróes direcionava concorrências.
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